Mais uma greve em São Luís

Veículo Leve sobre Trilhos não quer se instalar na cidade.

Marcha dos Vadios na capital

Evento acontecerá neste fim de semana e reunirá dezenas de profissionais desocupados.

Melhora no índice de alfabetização do estado

Famosos jabutis do Cacuriá de Dona Teté já conseguem ler e escrever.

Marcos Silva ganha prêmio Persistência 2012

O eletricista foi premiado durante convenção que definiu sua sexta participação em eleições majoritárias no Maranhão.

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Entrevista: VLT da Praia Grande exige proteção solar

Com o calor que tem assolado as cidades brasileiras nos últimos dias, surge também a preocupação com problemas decorrentes da exposição excessiva ao sol, como vermelhidão, coceira e até câncer de pele. Pensando em se proteger do sol que castiga São Luís todos os dias, o Veículo Leve Sobre Trilhos da Praia Grande, mais conhecido como VLT do Castelo (ou trem fantasma, para os íntimos), fez uma exigência um tanto quanto polêmica à Prefeitura. O minimetrô quer que alguns litros de protetor solar sejam despejados em sua superfície durante o tempo em que ele ficar próximo ao Terminal da Praia Grande, exposto para visitação. A equipe do blog Contos da Ilha conversou com o VLT e aproveitou para fazer algumas perguntas que o cidadão ludovicense sonha em fazer, mas não sabe para quem.

CONTOS DA ILHA - Por que essa exigência absurda?
VLT - Absurda? É absurdo você querer proteção solar quando passa o dia todo exposto aos efeitos do sol? Me trataram tão bem colocando esses adesivos felizes sobre a cidade e agora corro o risco de descascar todinho. Quer dizer que me trouxeram do Ceará pra cá pra isso? Onde já se viu? Não posso sequer dar um pulo nas praias e me refrescar porque estão todas poluídas. Fico pertinho desse tal Rio Bacanga e não posso nem me aproximar. Vida de escravidão, essa aqui.
C.D.I. - Você está há pouco tempo em São Luís. Já deu pra conhecer os hábitos do nosso povo?
VLT - Um povo estranho, eu diria. Quando cheguei, fui recepcionado por uma turma de malucos com uns pedaços de pau na mão fazendo barulho e tomando um refrigerante cor de rosa. Ao me instalar, achei a paisagem bonita, mas logo me desesperei com o empurra-empurra nos ônibus dentro do Terminal da Praia Grande. Se acontecer isso comigo, eu entro em greve.
C.D.I.. - Você falou em greve. Recentemente, anunciamos aqui que o VLT entraria em greve antes de ser inaugurado. Houve alguma conversa com a prefeitura no sentido de impedir essa paralisação?
VLT - Conversa com a prefeitura? Faça-me o favor. Eu mesmo resolvi cancelar a greve por ora porque sei que não me instalarei em São Luís até o fim do ano. Eles apenas me disseram para permanecer parado enquanto construiriam os trilhos. Pra onde irei ou por onde andarei, isso é mistério. Eu não sei de nada.
C.D.I. - Tem muita gente dizendo por aí que o VLT é um espetáculo circense, balela pra enganar trouxa. Isso é verdade?
VLT - Circo? Até o Circo da Cidade foi retirado daqui. Ele estava preocupado nos últimos dias com o boato de que seria retirado para que eu pudesse passar e parou de falar comigo. Fiquei com pena, mas fazer o quê? Sei que eu não sou circo. Estou mais para parque de diversões do atual prefeito. O que me entristece é que meus irmãos que foram para outras cidades sempre me ligavam dizendo que estavam bem, que daria tudo certo, mas parece que pra mim não. Corro até o risco de ser desovado se um outro prefeito assumir.
C.D.I. Se você morasse aqui, votaria no atual prefeito só para poder permanecer na cidade?
VLT - Sinceramente, não votaria não. Tenho ouvido muita gente reclamando, falando que aqui é um caos, que tem buraco pra todo lado. Um prefeito deve administrar bem uma cidade, é o mínimo que ele pode fazer. Se eu tiver que voltar para o Ceará, voltarei feliz. Será um bom sinal para eu continuar minha jornada.
C.D.I. - Você tem algum sonho, VLT?
VLT - Meu sonho é transportar turistas estrangeiros na Copa do Mundo. Se eu continuar em São Luís, isso não vai acontecer. Quero conhecer os trens do metrô, fazer novas amizades e visitar o Rio de Janeiro ou São Paulo. Ficar aqui parado é que não dá!